É um conto verídico do interior, de um caçador que afugentou uma onça com apenas um berro (grito,rugido). Segundo ele, o bicho enorme, o perseguia em mais umas de suas grandes aventuras. Na fuga, ele ainda perdeu sua velha amiga, a espingarda, companheira de suas andanças. Sem arma e sem ter para aonde ir, a única coisa que lhe passou pela cabeça na hora do medo, foi gritar bem alto, o mais forte que podia, conseguindo com isso, assustar a onça que saiu em disparada mata adentro.
Um "amigo" que ouviu toda a história não acreditou e disse: "Meu, amigo, duvido. Pois a onça já o teria devorado!" Revoltado com a incredulidade do amigo, o caçador lhe respondeu: "De quem você é amigo afinal? Meu ou daquela onça?" Deu-se aí, a expressão "amigo da onça", que quer dizer "falso amigo".
Péricles de Andrade Maranhão, cartunista pernambucano (1924 a 1961), foi o grande responsável por popularizar essa expressão por todo Brasil, onde trabalhava na revista O Cruzeiro, na década de 50. Ele criou ainda um personagem que fez um grande sucesso por mais de 20 anos, inspirado nesta história em 1952, O Amigo da Onça.
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